O homenzinho que um dia votou contra a libertação de Mandela, prepara-se para ir passear até à África do Sul em representação de Portugal no funeral do líder histórico sul-africano. É uma hipocrisia, mas fica bem. Talvez seja uma forma de expiação ou de retratamento tardio.
[info: Público]
adenda ao post (08/12/2013, 14:36): Venho aqui reconhecer que posso ter feito juízos de valor precipitados: Partindo do princípio que acredito nas palavras de Cavaco Silva, que o mesmo, quando em 1987 era primeiro-ministro de Portugal e na resolução da ONU, defendeu a libertação de Nelson Mandela e de outros presos políticos, defendia também o fim do regime de apartheid, e apenas seria contra a luta armada, devido a uma série de nuances envolvendo a África-austral. Mas como sempre pautou a sua vida com extremas cautelas, e como pacifista que é, votou contra a libertação de Mandela, esquecendo-se de como era segregador e ultra-racial o regime do apartheid, e que Mandela não era nem Jesus nem Ghandi, embora mais tarde tenha perdoado os seus carrascos e opressores.
Como gosto de ser justo e gosto (quase) sempre de dar o benefício da dúvida, decidi pôr aqui umas palavras conciliadoras, ou pacificadoras se preferirem, em relação ao homenzinho e ao post. Tenho consciência que foi de boa vontade (sem esforço) e que, pela primeira vez, defendo (embora de uma forma relativa ou parcial) Cavaco Silva.
[info: Público]
Sem comentários:
Enviar um comentário