terça-feira, 11 de junho de 2013

EUA: Quando a paranóia e o terror se sobrepõem à liberdade


O testemunho de Edward Snowden apenas veio confirmar e certificar aquilo que muitos de nós calculávamos acerca do controlo e vigilância das comunicações dentro dos Estados Unidos da América (e não só). Pela própria história do país, pela política externa de intromissão que desenvolveu ao longo dos anos como nação, e as consequências e impactos dessas mesmas políticas, criou uma sociedade americana paranóica e aterrorizada. Numa sondagem realizada pelo Washington Post, acerca do controlo e monitorização de comunicações por parte de uma agência especializada, 56% dos americanos apoia um programa secreto de controlo, considerando-o "aceitável". Desses 56%, 45% são a favor de o Governo estender uma espionagem mais abrangente às actividades da Internet de todas as pessoas que a utilizam.
A conclusão que se retira é que os norte-americanos estão dispostos a vender o que resta da hipoteca da sua liberdade e assistirem à devassidão da sua privacidade, em prol de um pouco mais de segurança que lhes atenue o medo que sentem de eventuais e hipotéticos ataques terroristas. Esta paranóia e histeria generalizadas, incutidas e entranhadas na sociedade, foram criadas e alimentadas por sucessivos Governos, com especial incidência no período da Guerra Fria. Daí que para os americanos, com algumas excepções como a de Snowden, seja (quase) um assunto genético.

[info: Público]

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