António José Seguro, aparentemente, perdeu o medo da eventualidade de vir a ser primeiro-ministro em Portugal, e numa atitude populucha, de demagogice e com sentido de oportunidade afirmou que, "quando for Governo vou repor o feriado de 5 de Outubro", e ainda, "proponho a redução do número de deputados na AR". Na minha opinião, a sede de governar de Seguro é alguma, mas, confrontado-se com esse cenário o medo sobrepõe-se à sede. A longínqua hipótese de se tornar primeiro-ministro deve ser para ele, efectivamente, medonha! Se não vejamos, ainda há umas semanas, depois do famigerado e efémero anúncio por parte de Passos Coelho que tinha intenção de agravar a TSU, António José Seguro afirmou imediatamente que o PS iria apresentar uma moção de censura ao Governo. Depois do Conselho de Estado extraordinário promovido por Cavaco Silva, Seguro recuou na sua ideia, mesmo sabendo que Passos Coelho e Vítor Gaspar procurariam medidas que compensassem a morte prematura da TSU. A vingança do Governo face aos protestos dos portugueses foi brutal, com um pacote de medidas ainda mais austero do que o agravamento da Taxa Social Única. A resposta a estas atrocidades foram dadas pelas bancadas parlamentares do PCP e Bloco de Esquerda que apresentaram moções de censura praticamente em simultâneo. A resposta do PS na votação das moções na passada quinta-feira foi uma abstenção, a neutralidade, mas, certamente que sabiam que essa decisão os poria a comungar das ideias do Governo e da troika.
António José Seguro e o seu PS navegam na dita oposição mas sem um rumo certo e credível. Seguramente Seguro e o seu PS não são alternativa. Os seus recuos-avanços-recuos são de quem não se consegue afirmar politicamente, quanto mais ser oposição, quanto mais ser alternativa, e quanto mais virar Governo!
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1 comentário:
Um discursosinho popularochosinho depois de um almoçinho ou de um jantarinho bem regadinho. Repastos é o que o TóZé Seguro quer, à conta da "militância"!
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