quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A evolução da civilização


A Bélgica está na vanguarda. Mais países do norte da Europa seguir-se-ão, porque isto é evolução. Nos países do sul da Europa, existem medos e preconceitos em relação à santíssima e divina opinião da Igreja Católica sobre o assunto, o que criaria muitos embaraços e discórdias. Mas desenganem-se que não há milagres. Então por cá, com tantos fervorosos seguidores, com tantos cordeiros no poder, é um assunto que não tem ponta por onde se lhe pegue. Infelizmente, claro.

[info: Público]

4 comentários:

João Pedro disse...

Se isso é evolução, então espero que se regrida. É que quando se "evolui" num caminho errado, como esta aberração indicia, há que regredir para o certo. E já que fala nos 2preconceitos e medos" dos países católicos (como se insultar e gozar com a igreja não fosse um dos passatempos preferidos dos anticlericais permanentes), dei uma vista de olhos a alguns dos seus posts: diz mais abaixo que "Assim como o capitalismo deve ser atacado, também a fome, as guerras, e toda uma panóplia de injustiças que grassam por esse mundo cristão. A guerra na Síria, a fome na Somália, tomando apenas estes dois exemplos, deveriam fazer parte da agenda ou do programa do Papa Francisco". Para já custa-me compreender como é que alguém que diz que não é católico e que até demonstra não gostar da Igreja presume saber qual deve ser ou não a agenda da Igreja. Depois, a Igreja não ataca o capitalismo, mas a injusta repartição dos bens e a acumulação exagerada de riquezas (já agora qual é a alternativa. o comunismo?). E depois, o Papa já tem falado da Síria (que só tem uma minoria cristã) por várias vezes. Quanto à Somália, não é de todo do "mundo cristão", nem sei de onde é que tirou essa ideia.

carlos disse...

João Pedro, tem todo o direito em exprimir a sua opinião, assim como eu tenho o direito de exprimir a minha. É para isso que este espaço existe e serve.
Quando se fala em eutanásia infantil, eu presumo que a mesma esteja relacionada com crianças que vieram ao mundo para sofrer, que estão num estado vegetativo, por exemplo, ou que tiveram acidentes que as puseram nesse mesmo estado. Eu penso que neste aspecto, a IC devia ter um papel importante a desempenhar, podia ter uma posição mais misericordiosa.
Relativamente ao capitalismo, pergunto-lhe: Quem faz a repartição dos bens?
Quanto à "agenda papal": Se o Papa já tocou no assunto da Síria, por que não fazê-lo também em relação à Somália?! Não me diga o João que o Papa tem de "pedir licença" ao Islão?

João Pedro disse...

Caro Carlos, claro que tem direito à sua opinião, até porque está no seu blogue. Mas vamos por partes: a questão que eu queria levantar era a do porquê de se pedir À Igreja que falasse de uns assuntos e não de outros. Ora só aquilo que considerar importante e relevante. Por norma, é uma instituição pouco influenciada por pelo ar dos tempos, modas efémeras ou mesmo opiniões maioritárias.

Sobre os casos da Somália e da síria, Igreja não tem de pedir licença aos Islão. O problema é que há muitos no Islão que não têm a mesma opinião. Basta recordar os frades decapitados há pouco tempo na Síria por milícias jihadistas, e isto num país com uma importante minoria cristã. Na Somália, então, um esboço de país até há pouco tempo no caos absoluto, a Igreja está mesmo impossibilitada de fazer o que quer que seja, e tem de se limitar a fazer apelos à comunidade internacional.

Quanto ao assunto principal, a eutanásia infantil, já se deu conta que cada vez mais se criam normas limitadoras da vida humana, ao mesmo tempo que se fala de "direitos irrenunciáveis", quando a vida devia ser o mais "irrenunciável" deles todos? Depois, os menores por norma não têm acesso a todos os direitos de quem é maior de idade, já que se pressupõe que a sua vontade não esteja totalmente formada. Vamos dar-lhes mesmo assim esse "direito" de eutanásia? E serão mesmo eles a dar a anuição final? é bom não esquecer que os casos de eugenia dos anos trinta começaram com semelhantes ideias (e tiveram o apogeu no holocausto).
cumprimentos

carlos disse...

João Pedro, quando referi que o Papa deveria intervir mais em certos países como a Somália, não estava a pedir que o mesmo fosse ao terreno, nem que ressuscitasse uma espécie de Cruzadas para lá irem. Mas se Francisco pressionasse mais a comunidade internacional, apelasse a países-chave como os EUA e a UE, talvez se conseguisse atenuar um pouco o sofrimento destes povos. O conflito na Síria é um escândalo. E a comunidade internacional é cúmplice dessa chacina. Mas, infelizmente, tudo gira em torno da política, da diplomacia, e fundamentalmente, de interesses estratégicos (geopolítica).

Quanto ao tema da eutanásia infantil: Como se pode esperar que um ser em estado vegetativo, forme opinião ou vontade?

Cumprimentos