segunda-feira, 8 de abril de 2013

Não sejas piegas, pá!


À hora marcada, Passos Coelho falou ao País com uma postura derrotada e com um discurso carregado de dramatismo e pieguice, talvez fruto do estado de choque em que ainda se encontra devido à "chumbadela" do Tribunal Constitucional. Pela positiva, o que de mais importante foi anunciado, foi o não aumento dos impostos. Pela negativa, serão os cortes na despesa pública, o que provavelmente implicará mais despedimentos. De resto, nada mais com substância.
Ao contrário do que Cavaco Silva afirmou, considero que este Governo não tem condições para continuar. Porém, também não vislumbro qualquer alternativa credível e de confiança para o substituir. Não é o impreparado Seguro que tem condições (e desconfio mesmo que nunca as terá). Não é o PCP que vive agarrado ao passado, de certeza. Não vejo a liderança "bicéfala" com arcaboiço para assumir essa responsabilidade. Coligações de esquerda também não iriam dar certo... O plano B, ou C, ou D, o que lhe quiserem chamar, é este Governo continuar, apesar de tudo. Fazer uma remodelação profunda (onde Gaspar deve sair - Paulo Macedo seria uma boa escolha para a pasta das Finanças) e, principalmente, renegociar a dívida com a troika. Coisa que deveria ter feito há já muito tempo (e não estaríamos até agora a viajar na maionese) não fosse a burrice e a teimosia geral deste Governo, e o facto de Vítor Gaspar ser um indivíduo formatado, assemelhado a um robot.
Onde ir buscar os menos 1300 milhões de euros que de repente apareceram com o recente buraco criado pelo chumbo do TC? Não criando mais impostos, onde são sempre os mesmos a contribuir! Taxar nos ordenados milionários, que são tantos neste País.

[info: Público]

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