terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Passos, Relvas & negociatas associadas


Quando Relvas começou a trocar as mãos pelos pés, a dar barraca atrás de barraca com os vários casos que se conhecem e que não vale a pena aqui enumerar, na altura, estranhei a posição de Passos Coelho. Manteve sempre a confiança no seu ministro e afirmou-o uma vez num comunicado lacónico a quem o quis ouvir, sem pestanejar. Ou seja, protegeu-o sempre de uma eventual e mais que natural demissão. Entretanto, começaram a surgir rumores de que o primeiro-ministro não demitia Relvas porque lhe devia favores relativos a negócios do passado. Algumas investigações depois e surge o nome Tecnoforma associado a Passos Coelho e a Relvas, que, se ainda houvessem dúvidas residuais sobre o encobrimento e as negociatas que ambos proporcionavam um ao outro, nessa altura elas desvaneceram-se por completo e puseram a nu um envolvimento quase ancestral destas duas personagens, e que explica o injustificado facto de Relvas se tratar de um protégé Passos Coelho, tal como o primeiro-ministro o deve ter sido no passado para Relvas. Não é importante aquilatar qual dos dois deve mais favores ao outro. Importante é que, nesta relação, sempre existiu favorecimentos, influências e protecções em prol de prestações sujas e obscuras, a fazer lembrar um bocado a relação prostituta-proxeneta. 
A lição que Passos Coelho poderá tirar é de que os favores não se oferecem, não são de borla. Mais tarde ou mais cedo, pagam-se. E por vezes bem caro!

[info: Público]

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