sábado, 3 de agosto de 2013

Há "coisas" que se apagam da memória


Não vale a pena estar a referir-me a falta de vergonha, à falta de decoro, de decência, honestidade, transparência, etc. de certos indivíduos que compõem o Executivo. Estes mesmos membros, em vez de estarem a trabalhar em prol do País, gastam o seu tempo a responder em comissões de inquérito que averiguam e analisam as suas posturas, comportamentos, procedimentos e responsabilidades em determinados momentos da sua carreira, na qual se envolveram em negócios, esquemas e manipulações pouco claros e transparentes.
Se estivéssemos num País democrático e justo, nem se perderia muito tempo em avaliações e considerações sobre estas mesmas pessoas, das quais se duvida da sua honestidade, rectidão e verticalidade. Nem sequer se poria a hipótese de estas ocuparem cargos na administração pública, e ainda menos chegarem a ministros ou a secretários de Estado, pois não possuem autoridade para nada.
A Banca tem reinado a seu bel-prazer neste País, desde o 25 de Abril. Têm sido os banqueiros, os responsáveis pelo estado calamitoso a que chegámos. Se repararmos, os ministros e secretários de Estado que estão envolvidos em negociatas obscuras e que respondem neste momento em comissões de inquérito vêm praticamente todos da Banca. O sistema bancário português merecia um valente apertão. Cada vez mais me faz sentido aquela ideia louca de Eric Cantona. A Banca é como um imenso eucaliptal, seca tudo em seu redor.
A Joaquim Pais Jorge, num briefing de sexta-feira, bastou-lhe negar o envolvimento em proposta de swaps ao governo de Sócrates. Disse simplesmente que "não se recordava". E este País tira o chapéu aos mentirosos!
Quem merece também um valente apertão, ser pressionada, é Maria Luís Albuquerque. Devia responder pela responsabilidade de ter escolhido este secretário de Estado para o Tesouro.
Ao que este País chegou!

[info: Público]

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