A confusão do costume no SL Benfica

Nesta altura, a escassas semanas de começar mais um campeonato da liga de futebol, o SL Benfica, e nomeadamente os jogadores da equipa A, já deveriam estar a trabalhar em ambiente tranquilo e sereno, e não em clima de incerteza que se abate sobre o destino de algumas pedras-chave do plantel. Não vou aqui referir-me à novela Cardozo, que já enoja pelo tempo que leva e que há muito que devia ter sido resolvida. Não vou aqui falar de um lateral-esquerdo que saiba defender, que o Benfica anda à procura desde os tempos em que o saudoso Léo foi despachado. Também não vou aqui falar de um guarda-redes que esteja pelo menos ao nível de Artur para ombrear com este na titularidade. Não vou referir também as inúmeras entradas e saídas de vários jogadores de proveniência duvidosa ou desconhecida, e de negócios mal explicados e mal feitos. Falo antes em elementos-chave como Matic, Salvio, Garay, e eventualmente mais um ou outro que possam sair. O treinador do Benfica tem norteado o seu esquema, a sua táctica, o seu apoio, num jogador fundamental na estrutura: Matic. Se Matic sair, quem é que o Benfica tem à altura para substituir? Salvio tem sido também bastante fundamental, marcando bastantes golos e resolvendo jogos que os pontas-de-lança por vezes não resolvem. O argentino é um elemento fulcral, um desequilibrador no ataque dos encarnados. Neste momento, o SL Benfica tem apenas dois pontas-de-lança para atacar várias frentes. Se algum se lesiona? Se há um castigo? Querem despachar o Cardozo para depois ir buscar outro com características semelhantes? Não tinham o Nélson Oliveira, não tinham o Rodrigo Mora?
A instabilidade que se vive no seio do plantel profissional com o entra-e-sai já dura há alguns. Coincidiu com a entrada de Luís Filipe Vieira, e tem-se agravado de há quatro anos para cá com a chegada de Jorge Jesus. Chega-se a esta altura e existem um ror de indefinições

adenda do autor: A imagem até é de um jornal desportivo (Record) ao qual eu não dou credibilidade. Mas esta imagem, que pertence à edição de hoje, serviu e muito bem para ilustrar a confusão que ainda reina por esta altura no reino das águias.