segunda-feira, 29 de julho de 2013

Em prol dos lobbies e de algumas fortunas deste País

Regressado de férias, mas acompanhando através dos jornais e telejornais o frustrado, fracassado e mal sucedido plano de Cavaco Silva para um governo de Salvação Nacional e, posteriormente, o sai e entra de ministros para a composição do novo organograma do super-recauchutado Governo, e a sua tomada de posse, a breve análise que faço sobre as escolhas de Portas/Passos em relação aos novos ministros é a de que continua tudo na mesma, ou pior. Vejamos: nas Finanças, Maria Luís Albuquerque. Já se sabe que esta senhora mentiu ou ocultou, como preferirem, a propósito do conhecimento que tinha acerca do risco de buraco proveniente dos negócios das swaps. Que condições é que esta senhora tem, ou que credibilidade é que possui, para exercer um cargo de tamanha responsabilidade como é a pasta das Finanças? 
Passo de imediato para a escolha do novo MNE, o barão do PSD, Rui Machete. Não entendo esta escolha. Este senhor, que ainda este mês criticou duramente Passos Coelho e Paulo Portas em ocasiões distintas, só pode ser uma imposição de um lobbie. Rui Manchete esteve ligado à SLN do BPN, e presidiu à comissão de inquérito que ilibou Oliveira e Costa de fraude fiscal em 2009, garantindo que possuía pouca informação sobre o que se passava no grupo, apesar de ser presidente do conselho consultivo. Pouco depois do buraco ficar a descoberto, Vítor Constâncio foi criticado e muito bem, porque presidia ao Banco de Portugal, a entidade exterior que supervisionava o BPN. Apreciações ao desempenho de Rui Machete, que presidia à entidade interna que eventualmente regularia os negócios do BPN e seus afluentes, não me recordo de nenhuma.
A escolha de Pires de Lima para a Economia em substituição de ASP, e que deixa de ser super-ministério (criam-se e descriam-se super-ministérios em curtos espaços de tempo, com evidentes custos para o País). Todos sabemos que Pires de Lima é amiguinho do peito de Portas, e esta, é mais uma escolha carecida e desprovida de meritocracia.
Quanto à opção de Jorge Moreira da Silva para o Ambiente, parece-me uma escolha bastante razoável dado o seu currículo em Ambiente e Energia. Poderá estar mal sustendado através do seu secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, que é uma imposição do lobbie energético.
Conclusão: Não me importa minimamente se Passos ficou mais fragilizado do que Portas nesta remodelação. Nem me preocupa muito se existe coesão/unidade/união nesta coligação que governa. 
O que me preocupa realmente, é o facto de se ter andado uma semana em reuniões para um consenso de salvação nacional e que essas mesmas reuniões não deram em absolutamente nada. E o que resultou daí foram estas escolhas de último recurso em fôlego desesperado, que somente defendem vários lobbies e algumas fortunas de certas famílias deste País, como é habitual e ordinário. Em prol do País real: nada! zero! bola!

[info: Público]

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois por isso é q foi um sucesso....
O golpe do portas foi planeado no clube bild...a intervenção d cavaco foi encenação...a negação d seguro estava já combinada,a meias c portas pois ninguem vai ao clube sem se comprometer...cavaco volta a deixar tudo n mesma,começa-se a falar de novo ciclo,renovação...e voilá ganha-se mais uns milhoes à custa do povo,e toda a gente(salvo seja) fica convencida que agora é que é,mas...tá tudo na mesma!Eles estão lá é para isso,não é pelo país nem pelo povo!Ainda alguem confia nesses ignóbeis? Eu não!

carlos disse...

De Portas tudo é de esperar. Sinceramente, a ida de Seguro à reunião do Clube de Bilderberg, surpreendeu-me. Foi desconcertante!